sábado, 18 de janeiro de 2014

Poema que li no funeral de minha amada esposa, na manhã do dia 07 de janeiro, cerca de nove horas e trinta minutos. Lá estavam seus cinco filhos, netos noras, genros , familiares e amigos para dar o último adeus:

O FIM.

20 / 04 / 1972

Em 1972 ou 1971, lendo os poemas de Karfeldt, prêmio Nobel de literatura de 1931, , fui inspirado a escrever este poema. 

Este foi o fim que imaginei para nós dois. Mas agora, separados pela morte, uma distância impossível de ser ultrapassada, ainda sonho em encontrá-la; de nos beijamos de tomarmos as mãos e juntos irmos ao céu dos amantes, aos azuis sem fim.




“ Talvez, algum dia em que você estiver me olhando, / 
Será nos tempos de primavera, de verde e flor. / 
Estarei a mirar em seus olhos e lembrando... / 
E eu direi: - não me olhe assim, amor! /
 Meu coração se voltará ao seu – irá lentamente, / 
e você estará sorrindo. Suas mãos procurarão as minhas / 
nos beijaremos meigamente. 
 Nos miraremos tão maravilhosos por nossa paixão!”



“ Você não precisará mirar-me sofrendo, / 
e se for o caso, eu me calarei para entender a sua pena; / 
Juntos dissiparemos a dor, nos contendo. / 
Faremos nosso caminho na neblina calma e serena; /
e você dirá: - que caminho é este, amor, onde vamos? / 
Eu olharei para seus olhinhos tão belos e fundos e direi:  / 
-Lembra, amor, do céu que juntos sonhamos? / 
- Estamos indo a ele! E iremos aos azuis dos céus sem fim”

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