sábado, 27 de janeiro de 2024


 POEMA

Poema 2024 / 13

27 / 01 / 24

 

TEREI AINDA

 

Terei ainda o prazer

por um momento

mágico, um instante,

um encontro

com as letras,

com o verso,

num breve poema.

Um poema para

a leitura da alma;

um verso para

lembrar o amor,

palavras que façam

nascer nuvens

no horizonte e

e águas no

Pensamento.

Terei ainda o adjetivo,

o advérbio e

os emblemas da

tarde, da noite;

e os predicados

de cada manhã,

nas margens

deste e de outros

poemas; e neles

uma imagem

nítida, bela e viva:

você sorrindo

e me acenando.

 

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

 

 


ROSTOS E GESTOS

Poema 2024 / 11

18 / 01 / 24

 ROSTOS E GESTOS

 Poema escrito em 27 / 09 / 1993.

 Talvez a existência de jornadas

antigas estejam florindo em nós.

 

Na rota de todos nossos dias e

anos existem rostos e mãos que

nos tocaram, e outras que nunca

vieram ao nosso encontro.

Rostos que sorriram e outros que

silenciaram. Pés que caminharam

juntos aos nossos, outros que nos

seguiram, outros que distanciaram,

nos alcançam, como aves, às vezes.

Marcamos nossa rota, na presença

do tempo, na retina da multidão e no

voo de patos selvagens na tarde.

 

A existência de rostos e gestos

brotando na memória prossegue.

Sob os tropeços desde a aurora,

cavalgamos o tempo como

navegadores na descoberta.

Os dias são repletos de vozes,

as noites repletas de mistérios, e

a jornada é cheia de surpresas.

Vejo a força do vento e o mistério

se multiplica. Prosseguimos!

 

Meu poema é um rio de luar,

cuja ponte é um raio de metal.

Sou feito de alma e sementes.

Pés que caminham sonhos,

mãos que buscam flores e

um coração que anseia amor.

 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

 

REVIDA

Poema 2024 / 2           

08 / 01 / 24

 

REVIDA

 

Poema escrito em 10 / 11 / 1994

 

Coisas ao vento,

cacos da vida

levadas pelo ar.

 

Hemos que reviver,

ajuntando sobras

de coisas passadas.

 

A batalha diária é

uma sequência de

luta corpo a corpo.

 

Coisas da vida

estão estampadas

no rosto e na pele.

 

Reviver é preciso, é

preciso amar e sonhar;

ajuntar é preciso.

 

As palavras de teu poema,

soltas ao vento,

passarão pelos cacos

de sua vida reescrita.