quinta-feira, 20 de maio de 2021

 


                                           Desenho meu de 1985.

O  poeta em doze meses.


16 Abril de 2015

Entrou em janeiro de portas abertas;
em fevereiro andou no ritmo das horas festivas;
Para março reservou sua melhor história de amor;
No mês de abril colheu as últimas frutas do quintal. Era outono.
Em maio desocupou espaço para preenchê-lo com novas palavras;
Para junho alugou uma casa de campo para apreciar os pássaros;
No mês de julho, saiu para conquistar novos horizontes;
Já em agosto, se acomodou nas sombras do inverno;
Em setembro sentiu que poderia amar novamente. Era primavera.
No mês de outubro sonhou que era criança;
Em novembro, chorou ao lembrar dos antigos;


Em dezembro fez um reforço na esperança 
para que ainda houvesse portas em janeiro. Já era verão.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

 





Minha prece.

Escrito em 09 de junho de 1972 / repensado e reescrito em 03 de maio de 2021.


Senhor, fazei com que eu seja digno daquilo que me deste!

Que eu seja grato pelo que fizeste por mim.

Que eu reflita na vida um olhar doce e tranquilo.

E mesmo quando todos me deixarem,

mesmo no mais audaz dos sofrimentos,

que eu não esqueça nunca de ser o que sou,

e de estar em constante guarda de mim mesmo.

Que sejam humanos todos meus possíveis atos.

Que eu esteja sempre alerta para a paz.

Fazei que mesmo quando na maior vitória, eu seja humilde.

Que eu seja pequeno - mas que nunca me perca.

Que eu seja grande - mas que ignore a grandeza.

Para que eu multiplique o amor, 

no mais sublime sentido de  amar,

amar a mim mesmo, amar meus irmãos 

e acima de tudo amar a ti, pelo que fizeste de mim.