Poema 2016 / 10
18 / 9 / 16
DIANTE DO ESPELHO
Como entender o horizonte,
se meus passos cobrem
apenas centímetros
de sua longa distância?
Como cativar o som da vertente?
Perguntava eu ao espelho.
Como manter os desejos da
juventude diante do peso das
velhas canções?
Indagava eu ao espelho.
Como reviver o sabor das frutas
experimentadas na meninice?
Indagava eu diante do espelho.
A mim veio a resposta,
Tão simples e tão pura:
“- Viva teu dia como
homem honrado
e ame cada beleza
a ti apresentada.
Este é o teu lugar.
Aqui e agora.
Estes são os teus dias,
são os teus tesouros
de hoje; tão valiosos
como os dias de ontem.”