terça-feira, 12 de julho de 2022

 


 

“O espanto de viver

é ir vivendo.” Carlos Nejar


 

O espanto de escrever é descobrir a escrita. Escrevo porque vivo.

 

A alma do verso está na caligrafia e seu armazém de esperança.

Vivo porque escrevo

 

A alegria do poeta está na cifra oculta de sua canção. Canto porque existo.

 

O alcance do verbo perpetuar está no suprimento de vozes entre as palavras. Perpetuo tua voz.

 

A clareira aberta no poema está na linguagem das coisas ainda sonhadas. Sonho porque vivo.

 

Invento um encontro de coisas que nascem na palavra perpetuar

 

O espanto de viver é a esperança, o início de uma nova primavera.

 Poema 2022 / 25

11 de julho de 2022