POEMA
Poema 2023 / 19
23 / 08 / 23
Na esperança de escrever
um poema, abro o caderno.
Procuro a caneta.
Paira um silêncio.
Uma ausência.
Uma falta de assunto.
O poema é mesmo assim.
Vem quando quer.
De-repente bate à porta.
Para ele, abro as janelas.
Abro as cortinas.
Abro as asas.
De-repente, o ruído das palavras no papel.
As marcas das sílabas.
Os desenhos das vogais.
As sombras das consoantes.
Os desejos dos verbos se fazem presentes,
mesclando o que é da busca
do poeta
e o que vem por capricho
do acaso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário