quinta-feira, 24 de agosto de 2023

 POEMA 


Poema 2023 / 19

23 / 08 / 23


Na esperança de escrever

um poema, abro o caderno.

Procuro a caneta.

Paira um silêncio.

Uma ausência.

Uma falta de assunto.

 

O poema é mesmo assim.

Vem quando quer.

De-repente bate à porta.

Para ele, abro as janelas.

Abro as cortinas.

Abro as asas.

 

De-repente, o ruído das palavras no papel.

As marcas das sílabas.

Os desenhos das vogais.

As sombras das consoantes.

Os desejos dos verbos se fazem presentes,

mesclando o que é da busca

do poeta

e o que vem por capricho

do acaso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário