Ribeirão Guaratinguetá - ( Rio Pedrinhas ) - Capituba - Foto de José B. Maciel
De tanto ir àquele lugar,
fecho os olhos e vejo o rio,
sempre indo embora
( como a vida ).
As águas não param.
O céu continua longe.
Perto mesmo são as pedras,
clarinhas, clarinhas,
depois da enchente.
Alguns pássaros já se acostumaram
com meu chapéu e com meu silêncio.
Lambaris pequenos já não estranham
meus pés n’água.
Houve vez que preás conversavam
comigo de longe.
Hoje somente os quero-quero falam
comigo, sempre dois a dois.
Protestam minha invasão.
Trouxe para casa uma pena de garça.
Vi, depois, que dela escorriam
memórias de meu rio e suas descobertas.
POEMA 2009 / 8 --23 -03 -09
Lindo!!!
ResponderExcluirLindo mesmo!!
ResponderExcluir