sexta-feira, 16 de agosto de 2013

MEU RIO

Ribeirão Guaratinguetá - ( Rio Pedrinhas ) - Capituba - Foto de José B. Maciel


 MEU RIO

De tanto ir àquele lugar,
fecho os olhos e vejo o rio,
sempre indo embora
( como a vida ).
As águas não param.
O céu continua longe.
Perto mesmo são as pedras,
clarinhas, clarinhas,
depois da enchente.

Alguns pássaros já se acostumaram
com meu chapéu e com meu silêncio.

Lambaris pequenos já não estranham
meus pés n’água.

Houve vez que preás conversavam
comigo de longe.

Hoje somente os quero-quero falam
comigo, sempre dois a dois.
Protestam minha invasão.

Trouxe para casa uma pena de garça.
Vi, depois, que dela escorriam
memórias de meu rio e suas descobertas.
POEMA 2009 / 8 --23 -03 -09


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