ROSTOS E GESTOS
Poema 2024 / 11
18 / 01 / 24
ROSTOS E GESTOS
Poema escrito em 27 / 09 / 1993.
Talvez a existência de jornadas
antigas estejam florindo em nós.
Na rota de todos nossos dias e
anos existem rostos e mãos que
nos tocaram, e outras que nunca
vieram ao nosso encontro.
Rostos que sorriram e outros que
silenciaram. Pés que caminharam
juntos aos nossos, outros que nos
seguiram, outros que distanciaram,
nos alcançam, como aves, às vezes.
Marcamos nossa rota, na presença
do tempo, na retina da multidão e no
voo de patos selvagens na tarde.
A existência de rostos e gestos
brotando na memória prossegue.
Sob os tropeços desde a aurora,
cavalgamos o tempo como
navegadores na descoberta.
Os dias são repletos de vozes,
as noites repletas de mistérios, e
a jornada é cheia de surpresas.
Vejo a força do vento e o mistério
se multiplica. Prosseguimos!
Meu poema é um rio de luar,
cuja ponte é um raio de metal.
Sou feito de alma e sementes.
Pés que caminham sonhos,
mãos que buscam flores e
um coração que anseia amor.
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