quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

 

 


ROSTOS E GESTOS

Poema 2024 / 11

18 / 01 / 24

 ROSTOS E GESTOS

 Poema escrito em 27 / 09 / 1993.

 Talvez a existência de jornadas

antigas estejam florindo em nós.

 

Na rota de todos nossos dias e

anos existem rostos e mãos que

nos tocaram, e outras que nunca

vieram ao nosso encontro.

Rostos que sorriram e outros que

silenciaram. Pés que caminharam

juntos aos nossos, outros que nos

seguiram, outros que distanciaram,

nos alcançam, como aves, às vezes.

Marcamos nossa rota, na presença

do tempo, na retina da multidão e no

voo de patos selvagens na tarde.

 

A existência de rostos e gestos

brotando na memória prossegue.

Sob os tropeços desde a aurora,

cavalgamos o tempo como

navegadores na descoberta.

Os dias são repletos de vozes,

as noites repletas de mistérios, e

a jornada é cheia de surpresas.

Vejo a força do vento e o mistério

se multiplica. Prosseguimos!

 

Meu poema é um rio de luar,

cuja ponte é um raio de metal.

Sou feito de alma e sementes.

Pés que caminham sonhos,

mãos que buscam flores e

um coração que anseia amor.

 

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