PERMEIO
Entre
a fábula e a verdade,
pernoitar
entre colunas.
Entre
tombos e açoites,
ouvir
quem me chama.
Entre
o silêncio e o fôlego,
sorver
a aragem do fogo.
Entre
o coração e a esperança,
tatear
um mar de sementes.
Entre
caminhos e descaminhos,
herdar
a força para vencer.
Entre
a palavra e o silêncio,
dispor
desta metáfora de pátria
denominada
tangência da alma.
26
/ 7 / 1994
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