sábado, 27 de julho de 2013

O que espero do poema


15 / 3 / 2013

O que espero do poema,
daquele  que ainda há de vir,
que há de pousar, de surpresa,
talvez na nuca,
ou no verso da página;
talvez no entre-fôlego,
ou na pausa,
ou no recanto mais escondido.

O poema que não tem adjetivos,
O poema da palavra esperada.
Um verso no escabelo da hora,
no vazio do corpo solitário.

A palavra que espero ouvir,
e que sonho escutar suas rimas,
o som, talvez, dos passos dos amantes,
ou o peso das aves, do vôo sem destino
e seus espaços; pássaros que chegam 
e bicam as vogais nos versos que espero.

O que espero no poema:

espero ouvir tua voz, amada!

“ Porque tua voz ao meu lado estava.” James Joyce.


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