sexta-feira, 15 de abril de 2016



Pertences
13 Jan. 2015 – Ubatuba

Que parte da palavra me pertence?
A que parte do poema pertenço?

Em que endereço estão meus versos?

São tantas as vertentes.
São tantos as esquinas. São tantos os esquecimentos!

São tantos os dias vazios – o poema não nos visita.

São tantas as coisas que de fato não nos pertencem.

Porém, são tantas as coisas que sempre nos pertenceram.

Eu.

Eu, de fato, pertenço ao tempo único de nossa canção.