quinta-feira, 4 de setembro de 2025

 

Setembro

02 de setembro de 2025 

 

As amoreiras estão floridas.

As pitangueiras estão florindo.

 

Os pardais estão ausentes.

As abelhas estão escassas.

 

Um vento suave entre as

folhas faz a dança das horas.

 

Uma palavra branda entre os

versos faz o tempo do poema.

 

Uma palavra doce vinda de ti

faz o dia florir meiguices.

 

As amoreiras dão sinais da

primavera que se avizinha.

 

Outras aves fazem a festa

afirmando que tudo está bem.

 

Preciso de mais flores no

poema para atrair abelhas e

 

a festa dos pardais entre os

versos.


sexta-feira, 15 de agosto de 2025

  

Poema 77/ 2025 - Eu me escondi 

                                                  

13 de agosto de 2025

 

Eu me escondi

 

eu me escondi

nas sombras

de um poema

nas suas margens

nos seus sítios

nos seus emblemas

nos seus sonhos

da pequena infância

na antiga juventude

nos espaços da

sonhada esperança

eu me escondi

nas manhãs de abril

nas tardes de maio

nas noites de lua

nas entrelinhas

do poema

nos vasos de

hortelã e alecrim

eu me escondi

por estar só

domingo, 20 de julho de 2025


 

 

Poema

04 de julho de 2025 

Porque escrevo, hoje faço de 

meu dia uma memória.

 

Escrevo poemas e leio

poemas.

 

Sou feito de letras e de

esperas.

 

Sou completo na veia do verso

amigo.

 

Meu nome pulsa na pele e na

alma.

 

Existo, e por existir, alcanço

estrelas.

 

Possuo um endereço em um

livro aberto,

 

e nele há uma anotação onde

se lê: foi poeta!

 

quinta-feira, 10 de julho de 2025


 

Busca

8 de julho de 2025

Busco estrelas pelos vãos

entre as folhagens na varanda.

 

Procuro palavras nos

entremeios do silêncio.

 

Tudo é procura, nas letras da

canção e nos gestos das mãos

sobre o papel em branco.

 

Tudo é esperança, no silencio

entre um verso e outro, nas

letras do nome e no ritmo do

andar sem pressa.

 

Tudo é desejo, tudo é espera

e sonho, na luz das estrelas

distantes e no corpo que pede

outro corpo entre nuvens e a presença de palavras suaves.

 

domingo, 22 de junho de 2025

  Meu tamanho do mundo

 


Meu tamanho do mundo

não cabe nas linhas

deste poema.

 

O tamanho da alegria

são notas sonoras

de uma antiga canção.

 

A dimensão da esperança

medimos pelas pétalas

das flores que admiramos.

 

O tempo do poema é quando

o silêncio é tal que

ouvimos as aves

que já se foram.

 

Meu assombro é que

o poema se

alimenta, algumas vezes,

de vozes que já se calaram.

11 / 04 / 23