quarta-feira, 17 de setembro de 2025

 

9 de setembro de 2025


Fahena

Poema 83 / 2025


 

São tantos os desejos.

São tantos os sonhos

a serem construídos.

 

São tantos as tarefas

e muitos silêncios.

 

Tantas palavras guardadas;

silenciadas na faina do dia a dia.

 

O poema pulsa nas veias.

O dia é de edificar outras

formas de poesia.

 

Nascem outros alfabetos e

o trabalho na mão do poeta

nunca será em vão.

 


quinta-feira, 4 de setembro de 2025

 

Setembro

02 de setembro de 2025 

 

As amoreiras estão floridas.

As pitangueiras estão florindo.

 

Os pardais estão ausentes.

As abelhas estão escassas.

 

Um vento suave entre as

folhas faz a dança das horas.

 

Uma palavra branda entre os

versos faz o tempo do poema.

 

Uma palavra doce vinda de ti

faz o dia florir meiguices.

 

As amoreiras dão sinais da

primavera que se avizinha.

 

Outras aves fazem a festa

afirmando que tudo está bem.

 

Preciso de mais flores no

poema para atrair abelhas e

 

a festa dos pardais entre os

versos.


sexta-feira, 15 de agosto de 2025

  

Poema 77/ 2025 - Eu me escondi 

                                                  

13 de agosto de 2025

 

Eu me escondi

 

eu me escondi

nas sombras

de um poema

nas suas margens

nos seus sítios

nos seus emblemas

nos seus sonhos

da pequena infância

na antiga juventude

nos espaços da

sonhada esperança

eu me escondi

nas manhãs de abril

nas tardes de maio

nas noites de lua

nas entrelinhas

do poema

nos vasos de

hortelã e alecrim

eu me escondi

por estar só

domingo, 20 de julho de 2025


 

 

Poema

04 de julho de 2025 

Porque escrevo, hoje faço de 

meu dia uma memória.

 

Escrevo poemas e leio

poemas.

 

Sou feito de letras e de

esperas.

 

Sou completo na veia do verso

amigo.

 

Meu nome pulsa na pele e na

alma.

 

Existo, e por existir, alcanço

estrelas.

 

Possuo um endereço em um

livro aberto,

 

e nele há uma anotação onde

se lê: foi poeta!

 

quinta-feira, 10 de julho de 2025


 

Busca

8 de julho de 2025

Busco estrelas pelos vãos

entre as folhagens na varanda.

 

Procuro palavras nos

entremeios do silêncio.

 

Tudo é procura, nas letras da

canção e nos gestos das mãos

sobre o papel em branco.

 

Tudo é esperança, no silencio

entre um verso e outro, nas

letras do nome e no ritmo do

andar sem pressa.

 

Tudo é desejo, tudo é espera

e sonho, na luz das estrelas

distantes e no corpo que pede

outro corpo entre nuvens e a presença de palavras suaves.