domingo, 30 de novembro de 2014
Poema 98 / 22 - 24 dez. 1998
" Sou um sonhador de muito esperar.
Sou capaz de inventar um mar
de sementes germinando portas abertas
para poder atravessá-las.
Sou capaz de ir aos quatro cantos
do vento para ver tua silhueta de ninfa,
borboleta de cetim, espelho de rosas.
Ainda possuo o hálito das estrelas.
Meus olhos possuem canteiros de primavera.
Não são flores, são rostos a sorrir."
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Memória de menino - desenho premiado
Desenho meu - "memória de menino " - premiado - 1º lugar - na VI exposição de artes da EEAR - Escola de Esp. de Aeronáutica - Outubro de 1998 - em Guaratinguetá - SP
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Hoje fui pescar. Uma tarde de lambaris e nhacundás ( iacundás ) - abaixo, um poema de 2009 que fala destes momentos mágicos.
POEMA 2009 / 1
23 / 03 / 09
"Nos rastros de insetos;
nas marcas que a água faz na areia;
nos cristais de outros tempos;
no gorjeio dos pássaros;
o que procuro por entre as pedras,
nas
tardes de verão?
Ser menino de novo!
Às vezes, vejo minha sombra
como a de um menino
seguindo as pegadas de aves na areia.
Ainda vejo coisas como
em vidrinhos mágicos.
Soletro versos esquecidos desde
a infância,
e então, vejo asas de borboletas
e passeio nos jardins da memória."
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
O que me faz ser poeta.
páginas de meu livro de artista de 2013. Colagem e guache.Setembro 2013
O que me faz ser poeta.
Outros poetas me fazem poeta.
Outros poemas me fazem poeta.
Quando ouço o som de uma palavra bonita, penso em ser
poeta.
Quando vejo uma palavra bonita, digo: – “sou poeta.”
Quando um pássaro canta numa árvore próxima, digo: “ –quero
ser poeta.”
Quando ouço a voz da amada, sinto ser poeta ouvindo o
som do chamado.
Memórias e invenções me fazem poeta.
As canções que me fazem feliz me ensinam a ser poeta.
Garimpo as palavras para encontrar o interior do poema.
Um poeta está sempre escrevendo novas páginas, mesmo que não sejam palavras.
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Oração de artista - 26/03/2012
Que o poema e as cores cheguem de surpresa,
como aves que pousam no quintal.
Que a composição seja colorida,
e os contornos dos desenhos, suaves;
fortes, às vezes;
e os poemas, uma extensão do meu sonho de homem.
Que venham folhas e mais folhas, papéis
azuis, rosas, verdes, amarelos, vermelhos;
e tintas, e que eu saiba onde colocar cada
pedaço, cada pincelada, para, assim, ter
alegria no fim da peça acabada.
Que do arranjo das formas e das cores,
possam surgir, aqui e ali, casinhas, círculos,
sombras, frutos, aves, triângulos amorosos,
quadrados cheios de graça e linhas que
cortem o pensamento ao meio, ou sejam
como acenos da infância.
Que em todos os dias, surja uma nova ideia;
um risco uma forma - uma busca e a
alegria da obra sonhada.
E no fim, na assinatura, o namoro, o
apreciar e a palavra final: benditas as horas
e os momentos de meu tempo mortal.
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