“O
espanto de viver
é ir
vivendo.” Carlos Nejar
O
espanto de escrever é descobrir a escrita. Escrevo porque vivo.
A
alma do verso está na caligrafia e seu armazém de esperança.
Vivo
porque escrevo
A
alegria do poeta está na cifra oculta de sua canção. Canto porque existo.
O
alcance do verbo perpetuar está no suprimento de vozes entre as palavras. Perpetuo
tua voz.
A
clareira aberta no poema está na linguagem das coisas ainda sonhadas. Sonho
porque vivo.
Invento
um encontro de coisas que nascem na palavra perpetuar
O espanto de viver é a esperança, o início de uma nova primavera.
11 de julho de 2022