sábado, 26 de outubro de 2024

 Terei comigo


 

Terei comigo

 22 de outubro de 2024

Terei comigo as letras de uma

canção ou de um poema, uma

seiva mantida na raiz da pele,

um assombro a iluminar o dia,

um verso amigo, um ditado na

rasura do silêncio.

 

Terei comigo as linhas da

esperança, uma cancela

aberta aos pássaros e aves

que chegam de surpresa,

um verbo

na rasura do silêncio.

 

Terei comigo as promessas

de uma flor rara. Uma luz e

sombra na página escrita,

frases ditas por crianças.

Depois, um silêncio

na rasura da memória,

porque não sei dizer adeus.

domingo, 20 de outubro de 2024

 DIA DO POETA. 20 de outubro.


O poema sustenta o paraíso

07 / 6 / 2015.

O poema sustenta a esperança.
Nele o verso contém a forma de uma ave.
Alçamos voo!

Nele ( no poema ) somos pássaros.
Alcançamos o outro lado do paraíso.
The other side of the heaven.

Saciamos nossa sede na palavra amor.
Porque ela é viva. Possui quadratura e espaços infinitos.

Saciamos nossa fome no verso amigo. 
Porque ele possui os verbos da esperança.
Possui objetos que circulam entre nossos frutos desejados.

O poema sustenta nosso paraíso!

Our side of the heaven!

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

 PROSSEGUIR


 


 

 

 

 

 

Prosseguir com ternura

 01 de outubro de 2024

 

Prosseguir com a paciência

dos meninos numa manhã

de primavera e chuva.

 

Prosseguir com a serenidade

das meninas numa tarde

entre frutos e flores.

 

Prosseguir com a mansidão

das mulheres numa noite

de estrelas e luar.

 

Prosseguir com a delicadeza

das crianças numa aventura

entre amigos.

 

Prosseguir com a ternura

de quem ama intensamente.

 

terça-feira, 1 de outubro de 2024

 Estações do espanto.

 

Estações do espanto

 30 de setembro de 2024

 

Há um tempo de esperas

na planura do dia

e suas marcas.

 

Há um intervalo de convívio

na rasura do minuto

e suas balizas.

 

Há uma ambição oculta na

espera do espaço

e seus hiatos.

 

Há um incentivo fértil

na brecha do poema

e seus lapsos.

 

Há um verso desejado

nos dilemas da palavra

e seus ruídos.

 

Há uma deriva entre

o que é dito e o que

é silenciado.

 

No poema, os seus ruídos,

no poema, os seus silêncios.

Nele há o passaporte para

as estações

do espanto.