domingo, 23 de fevereiro de 2014



Naquela vez, como em outras vezes,






Foto de minha esposa com meu filho mais velho - em 1976 ou início de 1977 no Rio de Janeiro, em nosso apartamento no bairro Jabour - Senador Camará - 


NAQUELA VEZ

28 dez. 2007 ( POEMA 2007 /  13 )

Naquela vez, como em outras vezes,
nossos dias lindos.
Éramos ainda como anjos inexperientes no louvor,
Catávamos flores para doá-las como prova de amor.
Nossos olhos e nossos ouvidos eram felizes.
Como num poema, descobríamos versos nas coisas simples.


Naquela vez, como em outras vezes,
nossos dias felizes.
Era como se a alegria pudesse ser abraçada.
Quando qualquer lugar era um bom lugar.
Qualquer gesto era uma lição nunca esquecida.,
E você, naquela vez, como em outras vezes,
me ensinava a viver.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014




Foto no ribeirão Guaratinguetá - no Clube das pedrinhas - Sem nenhum arranjo - este galho branco estava sobre a pedra por ação de enchente. Foto por celular . autor: José B. Maciel

Poema trino para nós.
Poema 98 / 4 - março de 1998

I - 
Na escritura do sol,
deciframos seu enigma.

Na escrita da alma,
deciframos nossos anseios.

Nas réstias do corpo,
nossa escrita de mortais.

Nos cristais da pele,
nossa memória de anjos.

II - 
Já não somos crianças.
Nossos dias são de 
existir em nós caminhos.

Dia a dia sorvemos
os aromas da esperança
e criamos ramos de crença.

Com passos de anjos,
surgimos aqui e ali,
num circulo de giz,
sobre o invento de
nossos dias felizes.

III -
Na escrita de nossas
promessas, inventamos
 o calendário de
nossos dias felizes.

Alçamos nossa bandeira
como símbolo de 
nossos dias felizes.

Na escritura do sol,
na escrita da alma,
nas réstias do corpo,
nos cristais da pele,
e até onde houver
escrita e calendários,
irão nossos dias felizes
nascendo como aves.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Foto e Poema;


Foto de flor em meu jardim. Foto de José B. Maciel

POEMA: Escrever. Escrever com pétalas.

um diário como se procurasse
uma escrita de pátria e sal.
Um calendário como espelho,
testamento escrito com flores.

Uma linguagem de coisas
nascendo nos jardins da alma.

Um invento de passaportes.
Identidade de viagem de ida e volta.

Verbos que arrastam o poema
e a mim
aos quatro cantos da vida.

Escrever. Escrever teu nome
em uma pedra. Não com letras
mas com jasmim.


Julho de 2000